11 de outubro de 2007

Uso de telas com fundo preto ajuda a economizar energia, diz ativista

Se a página inicial do Google tivesse fundo preto em vez de branco, um monitor CRT (de tubo) gastaria apenas 59 watts para exibi-la, em vez dos 74 watts consumidos atualmente.A conta vem sendo divulgada por Mark Ontkush, blogueiro (ecoiron.blogspot.com) e engajado em projetos ecológicos envolvendo informática e criador do Blackle, a versão negra do superbuscador.Desde janeiro, ele encabeça uma campanha polêmica: defende que as páginas de internet abandonem o branco e utilizem o preto como cor de fundo para poupar energia.Segundo ele, como o Google recebe 200 milhões de visitas diárias e estimando que cada consulta leve dez segundos, o site passa 550 mil horas por dia sendo exibido em computadores por todo o mundo. A troca de cor pouparia 8,3 Megawatt/hora por dia.Como base para seus cálculos, ele utilizou o consumo de um monitor CRT, do tipo tubo, que representariam 25% dos monitores em uso atualmente. No caso de monitores LCD, a história é outra, argumentam oponentes como Pablo Päster, engenheiro de sustentabilidade e colaborador do blog www.triplepundit.com.De acordo com ele, páginas negras em LCDs não fazem sentido.Também não economizam energia nos servidores dos sites nem nos desktops e notebooks, que são outros grandes gastadores.O uso de fundo preto poderia até aumentar o gasto energético em cerca de 1 watt. Isso porque, de acordo com a tecnologia desses equipamentos, exibir a cor preta significa bloquear emissões de luz, atividade que aumentaria o dispêndio. Ontkush argumenta, no entanto, que essa conta depende do tamanho do monitor LCD. Em alguns casos, a economia poderia ser de 4 watts.PC RECICLÁVEL – Cerca de 90% da composição do Desktop Blue Sky, da Lenovo, é de material que pode ser reciclado. Com nome oficial de ThinkCentre A61e, o aparelho foi anunciado na semana passada como o menor, o mais silencioso e eficiente computador de mesa da marca. Ele funciona com 45 watts, medida equivalente a cerca de três lâmpadas fluorescentes, o que permite que seja abastecido por um painel solar. Com 3,5 quilos e chip AMD (Athlon 64x2 dual core ou Sempron), seu preço ficará em torno de US$ 400.Os computadores velhos, em breve, poderão ser empregados na fabricação de dormentes – parte lateral das estradas de ferro normalmente feitos de madeira ou concreto, nas ferrovias do Reino Unido. A companhia britânica Micron, que faz os dormentes a partir de poliestireno e polietileno, fez contato com a Network Rail, operadora das ferrovias no Reino Unido, para formar uma parceria.
Fonte: Jornal A Tarde, 19/09/07, Caderno Digital, pág 05

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